Dolce Vita em Barça!

Voltar das férias nunca é muito agradável, ainda mais quando você faz aquele tipo de viagem perfeita, quando tudo dá certo (ou quase), os lugares são inacreditáveis e as pessoas muuuito legais. Fiquei uns dias emitindo sons mal humorados e comentários nada amáveis sobre Barcelona, até que chegou o fim de semana e eu tive um surto de amor pela minha cidade de coração! Porque tenho que admitir, não é tão ruim assim voltar pra cá. Primeiro, também tem praia...como quase todos os lugares que eu escolho para passar as férias. O verão tá indo embora, mas o clima ainda tá gostoso, perfeito para ir trabalhar de bicicleta, no maior estilo local. E para completar, na quarta passada começou a festa da padroeira da cidade, La Mercè, que durou até domingo. O evento lota as ruas de feiras, shows, atividades para as crianças, gincanas, apresentações tradicionais e exposições.

Já fiz um post sobre o "caráter cosmopolita" daqui, que chega até a irritar, mas uma vez mais devo declarar, que realmente faz parte da identidade de Barça. Quinta foi feriado e passei o dia na rua. Nessa ordem, o programa foi essa salada:

- apresentação de Castellers na praça da prefeitura, uma manifestação catalã da gema

imagem: El Mundo

- show de MPB (sim, música popular brasileira), em uma pracinha fofa, do músico Wagner Pa, veterano da cena cultural daqui

- parada em um café que pertencia a dois argentinos e agora é comandado por uma alemã, Lilipep (que antes era Lili), meu preferido desde sempre...

(c/ Pou de la Cadena, 8, Borne)

imagem do cartão

- passeio pelo Parque da Ciutadella, onde acontecia o Festival Ásia

- almoço em um restaurante cubano, Habana Vieja

(c/ Banys Vells, 2 - Borne)

- tarde com amigos brasileiros, austríacos e chilenos...

- show na Rambla do Raval, o lugar mais "internacional" da cidade, com o DJ Shantel, alemão que mistura sons dos Balcãs. Achei esse vídeo no youtube, com uma imagem "meio" tremida, mas dá pra ter uma idéia da música-brincadeira do sujeito:

Em outras palavras, um dia perfeito!

v.

Micasa, tu casa

A Micasa é a loja de decoração mais bacana de São Paulo e ponto. Além de tudo lá dentro ser lindo, a empresa tem propósito, tem ideais. De olho em tudo o que há de interessante no Brasil e no mundo, eles sempre apostam em parcerias, linhas assinadas, design ecológico...

Uma das novidades é uma parceria com a BD Barcelona, uma marca que produz móveis com sobrenome em terras catalãs. Gaudí, Dali e Bonet são alguns dos artistas/arquitetos que assinam os projetos de cadeiras, mesas, bancos, tapetes e tudo de mais bacana que a gente adoraria ter na nossa casa.

Por enquanto, a venda no Brasil é feita apenas por encomenda, mas a chegada das peças está prevista para o início do ano que vem. Para os de Barcelona, fica a dica de uma espiada nas lojas que vendem os produtos, entre elas a Vinçon, no Passeig de Gracia, para se inspirar nas idéias de decoração. Dá uma olhada:

m.

Tudo ao mesmo tempo agora

Os leitores assíduos do blog devem ter notado a falta de atualização das últimas semanas, mas prometemos voltar ao velho ritmo, assim que tudo esteja controlado. Explico: Maíra acaba de voltar para a casa, depois de relatar sua road trip pelo Leste Europeu. As novidades vindas diretamente de São Paulo já começaram a aparecer, mas meio tímidas por enquanto! O Link to Think será assim agora. Metade em Barça, metade na terra da garoa. O nosso olhar terá dois pontos de vista - da Espanha e do Brasil. 

Quando a Maíra embarcou para a sua "velha-nova-vida", cheguei de uma viagem de duas semanas pela Tailândia (tão pouco!).  E tudo ficou meio bagunçado. Agora a gente volta pouco a pouco, acostumando com a distância! Até a próxima viagem...

v.

A 25 de Março é aqui

Adoro a estilista Isabela Capeto, mas nunca comprei nada lá. Os preços são de outro planeta!!! Mas agora vou poder realizar o desejo de sair da loja dela com uma sacolinha na mão. É que ela passa a vender, a partir desta semana, os objetos da marca En Colores, que reúne gadgets que a gente de fato não precisa, mas no fundo quer muito ter em casa.

A marca terá um corner na loja da estilista, nos Jardins. São pequenos mimos divertidos, coloridos (daí o nome da marca), perfeito para dar um toque especial em qualquer decoração. As peças garimpadas eram vendidas apenas pelo site e agora desembarcam em São Paulo, no meio dos Jardins.

Nem precisa falar que a gente adorou a homenagem em castellano, né? Espia o naipe dos produtos:

m.

Caneca

Apontador

Benjamin

Luminária

Cortador de unhas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Praga

Quando li "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera, imediatamente tive vontade de conhecer Praga. Isso foi no fim dos anos noventa, quando ninguém pensava em fazer turismo por lá. E muito menos eu, com meus escassos recursos de estudante. Mas que surpresa boa poder viajar para lá e (re)conhecer os lugares que ele descreve no livro. Me considero uma pessoa de imaginação livre, mas nem toda essa liberdade foi suficiente para conceber a cidade como ela é. Surpreendente! E que lindas e amáveis são as pessoas. Estávamos com um casal de amigos queridos, o que fez o lugar ser mais especial ainda.

Teatro Nacional

Relógio-calendário na igreja principal

Todos os santos

Berliner

Que Berlim é uma cidade cosmopolita e que todo mundo adoraria morar uma temporada lá não é novidade. E comigo não foi diferente, também me deu vontade de ficar, apesar do idioma absolutamente difícil de aprender. Não vou fazer um post enorme sobre Berlim porque há blogs dedicados somente a isso e achei melhor não ser redundante. Só há duas coisas que eu queria acrescentar: a primeira é uma dica de turista. Não pague os 15 euros que te pedem para subir na torre de TV em Alexanderplatz para ver a cidade de cima. Não pague! No Reichstag você pode subir de graça e tem um visual mais bonito.

A segunda: não perca as festinhas no squat da Oranienburgestrasse. É do lado do centro, tem música boa, cerveja gelada, projeção de filmes em uma parede cheia de buracos de bala, galeria de arte e grafitti. Melhor ir logo, porque parece que a prefeitura quer fechar o lugar. Repara nas fotos abaixo.

Alexanderplatz: Não suba

Reichstag: Lá a vista panorâmica é de graça

Auschwitz

Incluído na categoria "passeios de um dia", fomos visitar Auschwitz, a uma hora e meia de Cracóvia. Pegamos um ônibus na estação principal da cidade que nos levou diretamente à porta do museu. Não precisa pagar pacote, visitar Auschwitz pode sair quase de graça se vc utiliza o esquema dos locais.

Como se não bastasse todo o horror que aquilo representa, fazia um tempo terrível, cinza e chuvoso, o que só serviu pra aumentar a melancolia. Não vou descrever o campo, acho que isso você consegue ler em qualquer guia de viagem. O que mais me impressionou veio depois, dias depois, na verdade.

Viajando para a Eslovênia, conhecemos dois casais de portugueses que haviam estado lá poucos dias antes. Se perderam, foram parar na estação de Oswiecim, a cidade que abriga o campo, e estiveram sozinhos horas e horas na estação escura, esperando o trem de volta para Cracóvia. Um homem se aproximou e começou a fazer perguntas e a olhar intensamente a um deles, que tinha traços negros, repetindo frases racistas. Era um neo-nazi, instalado em Auschwitz e a cidade de Oswiecim está repleta deles. Segundo contaram os portugueses, há crimes cometidos na cidade por estes grupos que são encobertos pela polícia e pela população, talvez por negligência, talvez por vergonha. Depois de ver o campo e o absurdo que foi e que é, me resulta mais absurdo ainda saber que isso perdura de alguma forma.

Poland rules

Nosso primeiro destino: Polônia. Excelente introdução à Europa ex-comunista. Além do turismo, fomos em busca das origens polacas da família do Rica, em uma cidade entre Varsóvia e Cracóvia chamada Kielce. Uma aula de história de vida e do mundo.

Varsóvia, capital política e financeira do país, não tem muito apelo turístico, principalmente porque foi completamente destruída na Segunda Guerra Mundial. Nenhum edifício ficou em pé, nenhuma casa foi preservada. O centro histórico medieval foi reconstruído recentemente, mas perdeu a alma, ficou com cara de "para gringo ver".

Cracóvia já teve mais sorte e conseguiu manter sua integridade. Um centro lindo, cuidado, cheio de monumentos e homenagens aos heróis de guerra. Do alto da Basílica de Santa Maria, que domina a paisagem da praça principal, uma trompeta é tocada de hora em hora (e é assim há seiscentos anos!), em memória ao vigia que morreu ao avisar a cidade da invasão dos mongóis.

Um espírito nacionalista, o orgulho e a força de reconstrução fazem dos poloneses um povo especial. Um povo com um potencial de seguir adiante que não encontramos em nenhum outro lugar por onde passamos (como diz a avó polaca do Rica: "Polonês verga mas não quebra"). Em pouco tempo eles vão dominar o mundo!

Centro histórico de Varsóvia: para gringo ver

Em Varsóvia nem tudo foi reconstruído. Ainda há muitas áreas descampadas, abandonadas ou em escombros

Entrada da cidade medieval murada em Cracóvia.

Catedral de Santa Maria, em Cracóvia

Coitadinho: fazia uns 40 graus e ele dentro dessa roupa de espuma. No centro de Cracóvia

Viajandão

Atenção aos nossos 5 leitores: a partir de hoje, mudamos um pouco a orientação dos posts para nos transformarmos em um blog de viagens. Péra que eu explico. Acabo de voltar de uma incursão de dois meses pelo Leste Europeu, uma viagem que começou na Polônia e terminou na Grécia, passando por 20 cidades, em 13 países. Assim, pretendo publicar algumas coisas interessantes que vi em cada lugar, contar experiencias, impressões, com fotos e dicas. Os textos podem acabar sendo influenciados por uma certa nostalgia, uma sensação de despedida, já que em uma semana abandono as terras européias e volto para a "vida loka" em São Paulo. Por favor, não repara, não, seu moço.

Abaixo, um mapa com o nosso roteiro completo, para vocês acompanharem passo a passo cada parada da nossa Farewell Trip.

Em quanto isso, a outra metade deste blog, que durante estes dois meses trabalhou em dobro, me passa o bastão e embarca para a Tailândia para um merecido descanso. Mais infos sobre este destino quando ela voltar.

m.