A gente fala errado. A gente escangalhou o português.
A rigor, a língua de Camões é mais bonita e mais "correcta". Acontece que nós somos mais numerosos. E na democracia é assim que funciona. A reforma ortográfica tá aí pra confirmar.
Esta informalidade da língua "brasileira" virou tema de exposição no Museu da Língua Portuguesa, sob a alcunha de "Menas: o certo do errado, o errado do certo." Gafes como meia cansada, perca de tempo, seje esperto e vamos estar providenciando se transformam e instalação. "A idéia é apresentar uma visão crítica sobre quem critica quem fala errado", disse João Sayad, secretário de Cultura do Estado, em uma entrevista. Ele acrescenta: "Se alguém usa uma palavra, logo ela existe".
Opa, opa. Desculpe, meu senhor, mas não é bem assim. Ou todo mundo vai sair por aí se achando o Guimarães Rosa. E deixando esse mundo, já tão complexo, ainda mais difícil de entender.
O serviço da exposição está aqui.
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