09/07/2009

Civilidade ou repressão?

A associação hoteleira de Barcelona apresentou ontem uma reclamação à prefeitura da cidade, pedindo ajuda para resolver problemas de "ordem cívica" em relação aos turistas. Eles propuseram uma lei que proíba o uso de biquini em lugares públicos, especialmente no centro antigo. O argumento é que este tipo de comportamento ajuda a decair a imagem de Barcelona, na qual o governo tem investido pesado nos últimos anos e tem gerado novos ingressos no setor turístico.

Jordi Clos, presidente do Gremio de Hoteleiros, contou ao jornal El País que este tipo de comportamento "obsceno" vem aumentando nos últimos cinco anos e é uma atitude que não se vê em Paris ou Londres, por exemplo. O que ele esquece de avaliar é que nenhuma destas duas cidades tem praia e tampouco atingem as temperaturas astronômicas que temos aqui no auge do verão.

Enfim, é uma discussão complexa e a medida é entendida por alguns como repressiva. Imagina se alguém decide propor isso no Rio de Janeiro?

Boniiiito também não é, né?

3 comentários:

  1. Muito bom outro dia em que vi um programa (acho q era humorísitco) que fazia uma análise de quando a sunga do homem deixa de ser sunga e passa a ser roupa de baixo.
    Dizia o programa que até a 50 metros do fim da areia, a sunga é sunga. Depois disso, se você entra num estabelecimento ou mesmo fica andando na rua, a sunga vira roupa de baixo.
    Achei fantástico! Deviam por em discussão isso em Barcelona tb...

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  2. Não imagino como seja o dia a dia disso, mas toda vez que vou ao Rio, acho divertido esse tom "à vontade" das pessoas, velhinhos caminhando de sunga e boné pelas ruas (sempre a algumas quadras da praia). Tá certo que eu tô sempre a passeio e para mim isso se torna uma experiência diferente além de confirmar o meu clima de relaxamento. De repente uma boa idéia seria do gênero que o Herbert mencionou, estabelecer um perímetro para uniformizar o bom senso.

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  3. Bom, aqui em Londres não tem lei mas se vê gente de roupas íntimas tomando sol nos parques e squares, inclusive nos centrais... Ninguém olha, na verdade (a não ser os turistas, óbvio), porque é parte da cultura local. Uma moça chega na hora do almoço, tira a roupa de escritório e fica de calcinha e sutiã numa boa. Depois de meia hora se veste e vai embora. Gosto dessa informalidade (não consigo fazer o mesmo, mas...). Mas realmente, não sei se queria ver o desfile do pessoal no meio da rua!! Acho que não... Sendo assim, mais um voto a favor do perímetro estabelecido!

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